Este blog é um espaço de debate e diálogo sobre diplomacia e o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata do Instituto Rio Branco.
Seus objetivos básicos são contribuir para o esclarecimento de dúvidas sobre o concurso e a carreira, bem como debater temas relacionados à política externa.
Sejam todos bem vindos ao Diálogo Diplomático!
As opiniões expressas neste blog são de seus colaboradores e não refletem necessariamente a opinião do governo brasileiro.
As 5 Descobertas Mais Surpreendentes
Sobre o Direito no CACD
Decifrando o Código da Prova de Direito
A prova de Direito do
Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD) é conhecida
por sua dificuldade e pela vastidão de conteúdo exigido. Para
muitos candidatos, o desafio parece ser memorizar um oceano de
tratados, leis e jurisprudência. No entanto, uma análise
estatística aprofundada de 57 questões discursivas de mais de duas
décadas de provas, abrangendo o período de 2003 a 2025, revela
padrões contraintuitivos e ênfases temáticas que desafiam as
estratégias de estudo convencionais. Essas descobertas podem mudar
fundamentalmente a maneira como um candidato direciona seus estudos.
A seguir, apresentamos as 5 descobertas mais impactantes e
contraintuitivas reveladas por essa análise.
As
5 Descobertas Surpreendentes
1.
A Prova é Mais Filosófica do que Você Imagina
Contrariando a
expectativa de que a prova de Direito se concentraria exclusivamente
na aplicação de normas positivas, um dos temas mais recorrentes é
a Teoria e a Filosofia do Direito Internacional Público. A análise
mostra que a categoria "Teoria Geral e Filosofia do DIP",
que aborda o embate entre correntes como realismo e idealismo, tem
uma frequência de 8,8%. Isso a coloca em pé de igualdade com dois
dos temas mais pragmáticos e centrais do concurso: "DIP dos
Direitos Humanos" e "Solução Pacífica de Controvérsias".
Essa
descoberta é surpreendente e revela uma camada mais profunda do que
a banca examinadora busca. Não se trata apenas de encontrar um
jurista, mas um pensador crítico. O exame exige que o candidato
compreenda a natureza, os limites e as tensões inerentes ao direito
em um cenário de poder global, onde a norma é constantemente
desafiada pela realidade geopolítica.
2.
O Fator Humano é o Verdadeiro Protagonista
A análise dos dados
revela um peso enorme nos temas ligados à "humanização"
do Direito Internacional. Somados, os tópicos da categoria geral
"Direitos Humanos, Refugiados e Penal Internacional"
representam 21,1% de todas as questões, tornando-se uma das áreas
mais recorrentes do exame e englobando desde a teoria geral dos
Direitos Humanos até os regimes específicos de Refúgio, Asilo e as
complexidades do Direito Penal Internacional. Especificamente, o "DIP
dos Direitos Humanos" aparece com uma frequência de 8,8%,
consolidando sua importância.
Essa tendência mostra que a
diplomacia contemporânea está cada vez mais focada na proteção do
indivíduo e não apenas nas relações entre Estados. A prova
reflete essa evolução, exigindo do candidato um entendimento claro
da intersecção entre Direitos Humanos, Direito Humanitário e
Direito Penal Internacional, uma tendência clara apontada no estudo.
3.
A Lei do Diplomata? Quase Nunca Caiu Diretamente
Esta é talvez
uma das descobertas mais contraintuitivas para quem estuda pelo
edital. Embora o programa cite expressamente o "Regime Jurídico
dos Servidores do Serviço Exterior Brasileiro (Lei nº
11.440/2006)", a análise revela que este tema específico não
foi o foco principal em nenhuma das 57 questões discursivas
analisadas no período de 2003 a 2025.
Isso é particularmente
surpreendente, pois muitos candidatos poderiam dedicar um tempo
desproporcional à memorização detalhada dessa lei. A lição para
o candidato é inequívoca: a banca está menos interessada em sua
familiaridade com a rotina administrativa e mais em sua capacidade de
raciocinar sobre os grandes dilemas jurídicos do cenário global.
4.
A Bússola da Diplomacia Brasileira Está na Constituição
Apesar
do domínio absoluto do Direito Internacional Público, os tópicos
de Direito Interno que aparecem na prova não são aleatórios. Eles
são precisamente aqueles que formam a base legal e principiológica
da atuação diplomática do Brasil. O maior exemplo disso é a
recorrência de questões sobre os Princípios Constitucionais (Art.
4º CF), que, segundo a análise, constituem um tópico com 5,3% de
frequência, demonstrando ser um pilar fundamental da interface entre
o direito interno e o internacional.
Além desse pilar, outros
temas de interface, como a "Incorporação de Tratados e
Hierarquia" no ordenamento jurídico brasileiro e as regras de
"Nacionalidade e Condição do Estrangeiro", também são
frequentes. A prova exige, portanto, que o candidato saiba conectar
de forma sólida o direito interno com as obrigações e os
princípios do direito internacional.
5.
A Prova é um Barômetro das Crises do Século XXI
O exame de
Direito do CACD não é estático; ele evolui para refletir os
desafios globais contemporâneos. A análise mostra a inclusão de
temas de ponta, que não faziam parte do cânone tradicional há
algumas décadas. A cobrança de questões sobre os impactos da
"elevação do nível do mar" para a existência de Estados
e o "Direito Internacional e Água" são exemplos claros
dessa tendência.
Isso significa que seu plano de estudos deve
ser dinâmico, incorporando a análise de eventos geopolíticos
recentes — de decisões de cortes internacionais sobre mudanças
climáticas a debates na Assembleia Geral da ONU sobre a gestão de
recursos —, pois esses temas deixaram de ser periféricos para se
tornarem centrais no foco do exame. A banca espera que o futuro
diplomata seja capaz de mobilizar o arcabouço jurídico para
analisar problemas para os quais ainda não existe um manual.
Conclusão:
Mais que um Mapa, uma Bússola
A análise estatística de 22
anos de provas revela que o exame de Direito do CACD é menos um
teste de memorização de leis e mais uma avaliação da capacidade
de pensamento crítico, reflexão teórica e contextualização
histórica e geopolítica. A prova exige um profissional que entenda
não apenas a letra da lei, mas também o espírito por trás dela e
as forças que a moldam.
Metaforicamente, a prova de Direito do
CACD não é apenas um mapa das leis, mas também uma bússola que
exige que o candidato entenda o terreno das Relações
Internacionais, onde as normas são constantemente moldadas e
desafiadas pelas forças da política global, exigindo que o futuro
diplomata saiba navegar tanto nas águas seguras dos tratados quanto
nos mares revoltos da geopolítica.
Diante dessas descobertas,
como você vai ajustar sua bússola para navegar na prova de Direito?
A expressão "How do you do,
Dutra?" faz referência ao encontro entre os presidentes Truman
e Dutra, em 1947. A resposta de Dutra, "How tru you tru,
Truman?", é uma imitação fonética do cumprimento do então
presidente estadunidense. Com base nessa anedota, recordamos, futuros
diplomatas, que os examinadores da banca de inglês são extremamente
exigentes nas competências das provas de primeira e segunda fases.
Querem saber como preparar-se adequadamente para essa disciplina? O
professor Maurício Costa (@malcosta) pode orientá-los, por
intermédio do Programa de Coaching do Diálogo Diplomático.
Contatem-nos agora.
O Brasil na Liderança Global: Acordos
de Semicondutores e Bioenergia Selam Aliança Histórica com a
Indonésia e Malásia!
A política externa brasileira deu
um salto estratégico em outubro de 2025! A visita de Lula à
Indonésia e à Malásia foi enquadrada como um movimento de grande
envergadura, sinalizando um pivô decisivo para o Sudeste
Asiático.
A parceria não é mais apenas comercial; ela
se tornou visivelmente política. Os líderes do Brasil e da Malásia,
por exemplo, demonstraram uma "química política raramente
vista" e uma "visão de mundo compartilhada".
Os
resultados são tangíveis e de alto valor agregado:
* ✅
Tecnologia: Assinatura de acordos de cooperação em semicondutores
(com a Malásia) e na área de bioenergia (com a Indonésia).
*
✅ Comércio: Compromisso de acelerar as negociações do Acordo de
Comércio Preferencial Mercosul-Indonésia. O volume comercial atual
(US$ 6 bilhões) foi classificado como "insuficiente",
sinalizando a ambição de expansão.
* ✅ Pragmatismo: A
visita serviu como terreno neutro para um "reset tático"
com os EUA, com o início imediato de conversas para resolver as
tarifas punitivas impostas a produtos brasileiros.
A
imprensa estrangeira percebeu a estratégia: o Brasil fortalece o Sul
Global enquanto resolve problemas econômicos diretos.
Assista
para entender como essa dupla via aumenta o poder de barganha do
Brasil no cenário internacional!
A história da política externa
brasileira reconhece dois tipos de relações entre Brasil e Estados
Unidos da América: Americanismo Pragmático e Americanismo
Ideológico. Pode-se afirmar que os diálogos com os EUA se tornaram
prioridade na República Velha (1889-1930), particularmente na
chancelaria de Barão do Rio Branco (1902-1912), quando este
considerou que aproximar-se dos estadunidenses promoveria aumento no
comércio, proteção contra invasões de europeus, fortalecimento
regional e prestígio internacional. Ao longo dos séculos XX e XXI,
divergências e convergências fizeram parte deste diálogo
bilateral, como as vantagens obtidas nas Guerras Mundiais, o Tratado
Interamericano de Assistência Recíproca, a Comissão Mista
Brasil-Estados Unidos, o Memorando da Frustração, o Acordo Militar
e seu rompimento, a Organização Pan-Americana, o rompimento com o
Fundo Monetário Internacional, a Aliança para o Progresso, a
Operação Brother Sam, a presença na Força Interamericana de Paz,
as indenizações por causa da AMFORP e da ITT, a seção 301 do
American Trade Act, a Guerra no Iraque, o acordo em relação ao
urânio do Irã, o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas da base de
Alcântara, o Acordo sobre Pesquisa, Desenvolvimento, Testes e
Avaliação, entre outros. Adicionalmente, os EUA ocupam a posição
de segundo maior parceiro comercial do Brasil, à frente da Argentina
e atrás da China. Querem aprender mais? O professor Maurício Costa
(@malcosta) pode ajudá-los, por meio de três de nossos cursos:
Programa de Coaching, Curso de Redação e Trilha da IA. Tiveram
interesse? Escrevam-nos.
Conhecer história é fundamental nos
estudos para o CACD, tanto na fase objetiva quanto na fase
discursiva. Querem dominar essa matéria e suas competências?
Matriculem-se no Programa de Coaching e/ou no Curso de Redação do
Diálogo Diplomático e sejam orientados pelo professor Maurício
Costa (@malcosta). Vale lembrar que todas as matérias do edital
estão inclusas nessa preparação. Para mais informações, entrem
em contato conosco.
Recorrência temática em economia no CACD (2003-2025).
O Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD) é conhecido como um dos mais exigentes do Brasil, um verdadeiro teste de resistência intelectual e conhecimento multidisciplinar. Dentro desse universo, a prova de Economia funciona como um filtro rigoroso, selecionando apenas os candidatos com uma compreensão aguçada das forças que moldam o Brasil e o mundo. Mas o que essa prova revela sobre as competências e a visão de mundo que o país busca em seus representantes internacionais?
Uma análise estatística detalhada de todas as provas de Economia do CACD, de 2003 a 2025, nos permite ir além do edital e entender o que, na prática, é mais valorizado. As conclusões são impactantes e, por vezes, contraintuitivas, desenhando o perfil de um profissional que é, ao mesmo tempo, historiador, estrategista monetário e profundo conhecedor do Estado brasileiro.
1. O Precedente como Arma: A História Econômica é a Estrela do Show
A primeira e mais contundente revelação é que o Itamaraty não busca um futurista, mas um mestre do precedente. A proeminência da História Econômica Brasileira (HEB) demonstra a crença de que os maiores desafios do Brasil são crônicos, e suas soluções, históricas.
Os dados são claros. Temas como "Regimes/Períodos Governamentais Específicos" e "Planos de Estabilização" estão entre os mais cobrados, com 7 e 6 ocorrências, respectivamente. Essa ênfase não é acidental; é estratégica. O Itamaraty exige que seus diplomatas compreendam as raízes da inflação, da dívida externa e dos ciclos de desenvolvimento. Para o CACD, um diplomata não é apenas um intérprete do passado, mas um estrategista que deve ser capaz de weaponizar o precedente histórico. Ele precisa saber usar o fracasso do Plano Cruzado como um argumento contra políticas heterodoxas em negociações internacionais, ou apresentar o sucesso do Plano Real como um case study de estabilização ortodoxa para defender as escolhas econômicas do Brasil.
2. O Conector Soberano: A Obsessão Estratégica com a Taxa de Câmbio
A análise estatística revela que a taxa de câmbio é mais do que um tópico recorrente; é o epicentro da prova, sinalizando que o diplomata brasileiro é, acima de tudo, um guardião da conexão soberana do país com a economia global. O tema "Regimes Cambiais e Taxa de Câmbio" é o campeão absoluto de frequência, com 9 aparições, correspondendo a 6,77% de todos os temas.
Para a diplomacia, a taxa de câmbio é o campo de batalha onde comércio, investimentos e estabilidade macroeconômica são disputados. Dominar a "tríade impossível" (trilema de Mundell-Fleming) deixa de ser um exercício acadêmico e torna-se uma competência crítica para defender a política monetária do Banco Central em fóruns como o FMI, para articular a posição brasileira sobre controles de capital ou para analisar os impactos de guerras cambiais. O exame forja um estrategista preparado para defender e explicar as escolhas econômicas soberanas do Brasil no palco mundial.
3. O Arsenal do Estado: A Prova Exige Fluência nas Ferramentas de Política Econômica
O exame deixa claro que um diplomata não pode ser um mero observador da economia. Ele precisa dominar o arsenal de instrumentos do Estado, pois a prova está desenhada para forjar um profissional que compreenda as capacidades e, crucialmente, as restrições da política econômica nacional. A alta incidência de "Política Monetária" (7 ocorrências) e "Política Fiscal" (6 ocorrências) comprova esse foco pragmático.
O objetivo é moldar um profissional que entenda as engrenagens da máquina pública e o impacto de suas decisões, uma competência vital para a defesa da credibilidade nacional. A ênfase na Lei de Responsabilidade Fiscal, por exemplo, não é apenas sobre gestão interna; é sobre a capacidade de um diplomata discutir com segurança o arcabouço fiscal brasileiro com investidores estrangeiros, agências de rating e instituições financeiras internacionais. Trata-se do alicerce da economic statecraft.
4. O Alicerce Tático: A Microeconomia como Ferramenta de Análise de Poder
Por fim, a prova revela que a Microeconomia não é um campo secundário, mas o alicerce tático indispensável. Sua cobrança, embora mais discreta com temas como "Estruturas de Mercado" (5 ocorrências) e "Elasticidade" (4 ocorrências), equipa o diplomata com as lentes para analisar o comportamento de atores específicos e poderosos no cenário internacional.
Entender "Estruturas de Mercado", por exemplo, não é teoria pura; é a base para participar de negociações comerciais sobre medidas antidumping, analisar o poder de mercado de corporações multinacionais ou compreender a dinâmica de cartéis e oligopólios que dominam mercados globais de commodities. A microeconomia, portanto, é a ferramenta para decifrar o comportamento dos atores com os quais o diplomata irá negociar, regular ou confrontar. É a fundação indispensável, mas seu uso é eminentemente tático.
Conclusão: Entre a História e o Dinheiro Digital
As quatro lições extraídas da prova de Economia do CACD pintam um retrato claro do profissional que o Brasil busca para representá-lo. Não se trata de um teórico abstrato, mas de um analista com profundo conhecimento da história econômica do país, focado na macroeconomia aberta e mestre das ferramentas de gestão do Estado.
Esse perfil, solidamente ancorado no passado, agora é desafiado a olhar para o futuro. O edital de 2025 introduziu um tópico inteiramente novo: "Bancos digitais, meios de pagamento e os desafios da transição do 'dinheiro de plástico' para o 'dinheiro digital' na economia do século XXI." O que essa combinação entre uma base histórica sólida e a atenção às novas fronteiras digitais nos diz sobre os desafios que o Brasil antecipa para sua diplomacia no século XXI?
Decifrando o CACD: 5 Verdades
Surpreendentes Escondidas na Prova de Geografia (2003-2025) Enfrentar o edital de Geografia do
Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD) pode ser
intimidador. O volume de conteúdo é vasto, e a pergunta que todo
candidato se faz é: por onde começar? E se fosse possível otimizar
seus estudos, focando naquilo que a banca examinadora realmente
prioriza, de forma inteligente e estratégica? Este artigo se propõe a fazer
exatamente isso. Revelaremos os padrões e as prioridades da prova
discursiva de Geografia com base em uma análise de dados de 49
questões aplicadas entre 2003 e 2025 (refletindo o escopo completo
da análise do relatório-fonte). As conclusões a seguir não são
baseadas em achismos, mas em dados concretos extraídos do relatório
"Recorrência Temática: Geografia CACD (2003-2025)",
oferecendo um mapa claro para guiar sua preparação. Os 5 Principais Insights da
Análise:
1. A Regra de Pareto ao Extremo: Quase Metade da
Prova Gira em Torno de Apenas Seis Temas
A análise de dados
revela uma verdadeira "lei de potência" que governa a
prova: apenas seis temas específicos representam o centro de
gravidade do exame, concentrando 48,96% de todas as questões
discursivas do período. Este dado contraintuitivo revela uma
concentração extraordinária que é a informação estratégica
mais crucial para o seu planejamento.
Os temas essenciais, com a
Frequência Absoluta (FA) máxima de 4, são:
* Agronegócio e
Vantagens/Regionalização
* Migrações
Internacionais/Refugiados
* Domínios Morfoclimáticos/Biomas
*
História do Pensamento Geográfico
* Transporte/Logística
(Marítimo, Cabotagem)
* Rede Urbana e Hierarquia de
Cidades
Observe que este núcleo de seis temas não pertence a
uma única área: ele abrange Geografia Econômica (Agronegócio,
Transporte), da População (Migrações), Física (Biomas), Humana
(Rede Urbana) e até a teoria da disciplina (Pensamento Geográfico).
Isso prova que a excelência na prova exige um domínio transversal,
e não o estudo de categorias isoladas. Na prática, sua estratégia
deve ser dominar esses seis tópicos como o núcleo duro da sua
preparação.
2. Não é Só Sobre "Onde",
Mas "Porquê": A Inesperada Relevância da Teoria
Geográfica
É surpreendente que o tema "História do
Pensamento Geográfico" possua a mesma frequência (FA 4) que
assuntos concretos como Agronegócio e Transporte. Este fato
desmistifica a ideia de que a Geografia no CACD é uma prova
puramente factual ou descritiva.
A persistência desse tema
demonstra a valorização do "domínio conceitual e
metodológico" pela banca. O candidato precisa dominar as
correntes teóricas — como o Determinismo, o Possibilismo e a
Geografia Crítica/Humanista — pois elas fornecem as ferramentas
analíticas para dissecar problemas contemporâneos complexos. É
essa base teórica que permite a um diplomata analisar a crise na
Crimeia através das lentes de Mackinder ou entender as fronteiras do
Oriente Médio com base nos acordos pós-coloniais, demonstrando a
aplicação direta da teoria geográfica a problemas internacionais
contemporâneos.
3. A Geografia Física Está
Mais Viva (e Geopolítica) do que Nunca
A categoria "Geografia
Física & Ambiental" é a líder geral em frequência,
correspondendo a 24,49% de todas as questões. No entanto, o foco da
banca está longe da geografia física tradicional. A abordagem é
moderna e aplicada à agenda diplomática brasileira. Os exemplos do relatório ilustram
essa tendência:
* A importância dos recursos ambientais e da
sustentabilidade como pautas internacionais.
* O tratamento de
Recursos Hídricos/Água não apenas como recurso natural, mas como
uma commodity global com clara dimensão geopolítica.
* O foco
nos Domínios Morfoclimáticos/Biomas do Brasil, sempre conectado aos
seus impactos ambientais e ao seu valor estratégico.
Portanto,
ao estudar a Matriz Energética, não memorize apenas as usinas
hidrelétricas; analise como Itaipu se insere na geopolítica do
Mercosul. Ao estudar Biomas, conecte o desmatamento do Cerrado não
apenas a questões ambientais, mas ao seu papel na expansão do
agronegócio e na segurança alimentar global, temas centrais para a
diplomacia brasileira.
4. Dobre a Eficiência: Use a
Geografia como o "Eixo Espacial" para Gabaritar História
A
análise revela uma forte "tendência à integração
programática" entre a Geografia e a História do Brasil. Isso
significa que a banca não enxerga as disciplinas como caixas
isoladas, mas espera que o candidato as conecte de forma coesa. A
Geografia oferece a base para entender a dimensão territorial dos
processos históricos.
"...os temas geográficos
frequentemente funcionam como o eixo de análise espacial para os
processos históricos e socioeconômicos exigidos no programa de
História."
Exemplos concretos dessa integração
incluem:
* Geografia Agrária e História: A expansão da
cafeicultura e a Frente Pioneira unem a formação territorial à
economia agroexportadora do Brasil imperial e republicano.
*
Geopolítica e Política Externa: O estudo de Fronteiras e da
Amazônia Azul complementa diretamente a compreensão da política
externa e da Obra de Rio Branco.
* Desenvolvimento Regional: A
transferência da capital para Brasília é um evento histórico com
profundas implicações geográficas, diretamente relacionado às
transformações da História do Brasil pós-1945.
A mensagem da
banca é clara: não basta saber os fatos, é preciso compreender os
processos que levaram às configurações espaciais que definem o
Brasil hoje.
5. O Alerta do "Cisne
Negro": Temas de Baixa Frequência Ligados à Agenda do Dia
Após
focar nos temas mais recorrentes, é preciso uma nota de cautela.
Tópicos de baixa frequência (FA 1) não devem ser ignorados. A
análise desses temas "sugere que a banca pode introduzir
tópicos especializados baseados em eventos contemporâneos".
Esses
temas funcionam como um "cisne negro", uma surpresa que
pode desestabilizar candidatos desprevenidos. Os exemplos do
relatório são ilustrativos, mostrando que podem ser tanto factuais
quanto conceituais:
* Riscos, Catástrofes e Vulnerabilidade,
cobrado em 2019.
* Queimadas/Incêndios Florestais, cobrado em
2022.
* Secessão no Sahel, como exemplo de crise regional
pontual.
* Geopolítica da Amazônia (Conceitos), mostrando que
a surpresa também pode ser teórica.
O imperativo estratégico
é: equilibre o estudo aprofundado dos temas de alta recorrência com
um acompanhamento atento da agenda global e dos debates
contemporâneos que podem pautar as próximas provas.
A preparação para a prova de
Geografia do CACD é menos sobre memorizar um volume enciclopédico
de informações e mais sobre compreender a lógica da banca, seus
temas prioritários e sua abordagem interdisciplinar. O estudo
orientado por dados permite focar energia onde o retorno é maior,
sem negligenciar as tendências e as possíveis surpresas.
A
análise dos dados oferece o mapa do tesouro. Agora que você conhece
o caminho, como irá ajustar sua jornada rumo à aprovação? A
resposta não está em ler mais, mas em ler melhor. Use estes dados
para auditar seu plano de estudos hoje e troque horas de estudo de
baixa probabilidade por um foco cirúrgico nos temas que definem a
aprovação.
Ouça agora e transforme sua estratégia de estudos!
CACD: Desvende a História do Brasil e
Conquiste a Aprovação com Estratégia!
A jornada rumo à
carreira diplomática é desafiadora, e a prova de História do
Brasil no Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD) é,
sem dúvida, um dos pilares dessa preparação. Muitos candidatos se
sentem perdidos diante da vastidão do conteúdo, sem saber onde
focar seus esforços. Mas e se houvesse um "mapa" para
guiar seus estudos?
Temos uma excelente notícia! Em nosso
mais recente episódio de podcast, mergulhamos em uma análise
estatística aprofundada das provas de História do Brasil do CACD,
cobrindo o período de 2003 a 2025. O objetivo? Desvendar os padrões
de recorrência temática e oferecer uma estratégia de estudos
baseada em dados concretos.
A História do Brasil no CACD:
Mais do que Datas e Fatos:
Nossa análise revelou que a
prova de História do Brasil funciona, na verdade, como um exame
especializado em História Diplomática e Institucional. Isso
significa que a banca examinadora busca avaliar a capacidade do
candidato de compreender a formação e a atuação do Brasil no
cenário internacional, um conhecimento fundamental para o perfil de
um diplomata.
O que isso implica para sua preparação?
Que a memorização pura e simples não é suficiente. É preciso
conectar os eventos históricos com a política externa, as crises de
transição e a construção do Estado-nação.
Os Eixos
de Estudo que Você PRECISA Dominar:
Com base em nossa pesquisa,
identificamos os principais pontos de atenção para otimizar seus
estudos:
A Formação da Diplomacia Brasileira
(1889–1930): O Período Mais Cobrado! Este eixo, que inclui a
Política Externa na Primeira República, a obra do Barão do Rio
Branco, a Grande Guerra e a Liga das Nações, é o campeão de
recorrência. Dedique tempo significativo a ele, compreendendo a
gênese da diplomacia moderna brasileira.
O Século XX sob
a Ótica da Política Externa Brasileira (PEB) Temas como a Política
Externa Independente (PEI) na República Liberal (1945-1964) e o
"Pragmatismo Responsável" do Regime Militar (1964-1985)
são cruciais.
A Era Vargas (1930-1945) também é
relevante, especialmente no contexto internacional da Segunda Guerra
Mundial.
Fundamentos do Estado: Independência, Primeiro
Reinado e Regência. Este bloco exige conhecimento aprofundado sobre
o processo de ruptura com Portugal e as crises institucionais que
moldaram a estrutura política imperial. É a base para entender a
formação do Estado-nação.
Assuntos Atuais e
Institucionais: Conectando o Passado ao Presente. Embora com menor
frequência absoluta, temas do Processo Democrático (1985+) como
MERCOSUL, o papel do Brasil na ONU e a globalização são
recorrentes. Eles demonstram a continuidade histórica e a
aplicabilidade direta às atribuições da carreira
diplomática.
Onde NÃO Perder Tempo (ou, pelo menos,
priorizar menos):
Nossa análise também apontou para tópicos
com baixa recorrência como tema primário:
Período
Colonial: Com apenas 5.8% de frequência relativa, o início da
história brasileira é o menos cobrado, especialmente aspectos como
"As dimensões econômicas e sociais da América Portuguesa".
O foco, quando aparece, é mais na Configuração
Territorial.
Economia Setorial: A economia aparece, mas
raramente como tema primário, a menos que esteja ligada a grandes
crises (como a de 1929) ou projetos de desenvolvimento (como o Plano
de Metas de JK).
Sua Preparação Mais Inteligente Começa
Agora!
Com essas informações em mãos, você pode
direcionar seus estudos de História do Brasil de forma muito mais
estratégica e eficiente. Pare de estudar "tudo" e comece a
focar no que realmente importa para a banca examinadora.
Quer
aprofundar ainda mais nesses insights e descobrir como aplicar essa
metodologia na prática?
🎧 Não perca nosso episódio
exclusivo de podcast! Lá, detalhamos cada um desses pontos,
oferecemos dicas práticas e respondemos às principais dúvidas
sobre a preparação em História do Brasil para o CACD.
Ouça
agora e transforme sua estratégia de estudos!
Os aprovados em um concurso não são
os mais inteligentes, mas, sim, os que melhor se adaptam ao que é
cobrado nas distintas fases e matérias do edital. No caso do CACD,
por exemplo, o professor Maurício Costa (@malcosta) oferece o
Programa de Coaching Exclusivo, o Curso de Redação e a Trilha da
IA. Esses três tipos de encontros, que são personalizados, têm a
finalidade de organizar os estudos de nossos alunos a respeito de
leitura de aprofundamento/revisão, do que escrever na redação, de
como acompanhar atualidades, de qual momento fazer questões, de
quais páginas utilizar para aperfeiçoar o vocabulário em línguas,
da melhor forma de utilizar a inteligência artificial etc. Querem
mais informações? Escrevam-nos.
No Programa de Coaching do Diálogo
Diplomático, vocês terão tempo para tudo isso, já que o professor
Maurício Costa (@malcosta) elabora planos de estudo personalizados,
os quais vão de acordo com as disponibilidades de tempo e recurso
que nossos alunos têm. Desejam saber mais? Falem conosco no
direct/chat.
Como as inteligências artificiais estão
transformando a preparação para o concurso de diplomata? Quais
modelos realmente ajudam na prova objetiva? E como usar IA com
estratégia sem cair em armadilhas?
📅 Dia 25/08 🕖 Às
19h45min 📺 No canal do Diálogo Diplomático no YouTube
Saber o que fazer quando se redige uma
palavra incorretamente é uma dúvida recorrente nas fases
discursivas do CACD. Como agir em casos assim? O candidato deve
pintar todo o vocábulo, inseri-lo entre parênteses, riscá-lo com
apenas uma linha ou realizar outra forma de rasura? No Curso de
Redação do Diálogo Diplomático, o professor Maurício Costa
ensinará, além de gramática, dicas, técnicas e estruturas
analíticas, a maneira correta de preencher as linhas do texto. Para
mais informações, falem com nossa equipe no direct ou no chat.
✅
TOP 5 acima de 85% - Nível diplomático! ✅ Gemini dominou com
quase 90% de acertos ✅ ChatGPT manteve posição de destaque ✅
Claude e DeepSeek empataram no pódio ❌ Diferença brutal: 88,8% vs
33,1% = 55,7 pontos!
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APROVAÇÃO:
Escolher a IA CERTA pode ser a diferença
entre: 🏆 APROVAÇÃO ou ❌ REPROVAÇÃO
No Coaching do
Diálogo Diplomático, você aprende: 🧠 Qual IA usar para cada
disciplina ⚡ Como combinar as melhores para máximo resultado 📚
Estratégias específicas com as TOP performers
O professor Maurício Costa
(@malcosta) pode ajudá-los a ser, tanto com o Programa de Coaching
quanto com o Curso de Redação do Diálogo Diplomático, para que
vocês se preparem para as diferentes fases e disciplinas do CACD.
Tiveram interesse? Falem conosco pelo chat ou direct.
Este post é para lembrar-lhes de
estudar as alianças de Otto von Bismarck, no período posterior à
unificação alemã, que está vinculada a vários acontecimentos da
história mundial. Se não souberem como nem por onde, porém, não
se preocupem, visto que o professor Maurício Costa (@malcosta) pode
ajudar cada um de vocês, mediante o Programa de Coaching do Diálogo
Diplomático. Para mais informações, contatem-nos.