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quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Dutra e Truman


A expressão "How do you do, Dutra?" faz referência ao encontro entre os presidentes Truman e Dutra, em 1947. A resposta de Dutra, "How tru you tru, Truman?", é uma imitação fonética do cumprimento do então presidente estadunidense. Com base nessa anedota, recordamos, futuros diplomatas, que os examinadores da banca de inglês são extremamente exigentes nas competências das provas de primeira e segunda fases. Querem saber como preparar-se adequadamente para essa disciplina? O professor Maurício Costa (@malcosta) pode orientá-los, por intermédio do Programa de Coaching do Diálogo Diplomático. Contatem-nos agora.


 

terça-feira, 28 de outubro de 2025

Visita presidencial à Indonésia e à Malásia

 


O Brasil na Liderança Global: Acordos de Semicondutores e Bioenergia Selam Aliança Histórica com a Indonésia e Malásia!

A política externa brasileira deu um salto estratégico em outubro de 2025! A visita de Lula à Indonésia e à Malásia foi enquadrada como um movimento de grande envergadura, sinalizando um pivô decisivo para o Sudeste Asiático.

A parceria não é mais apenas comercial; ela se tornou visivelmente política. Os líderes do Brasil e da Malásia, por exemplo, demonstraram uma "química política raramente vista" e uma "visão de mundo compartilhada".

Os resultados são tangíveis e de alto valor agregado:
* ✅ Tecnologia: Assinatura de acordos de cooperação em semicondutores (com a Malásia) e na área de bioenergia (com a Indonésia).
* ✅ Comércio: Compromisso de acelerar as negociações do Acordo de Comércio Preferencial Mercosul-Indonésia. O volume comercial atual (US$ 6 bilhões) foi classificado como "insuficiente", sinalizando a ambição de expansão.
* ✅ Pragmatismo: A visita serviu como terreno neutro para um "reset tático" com os EUA, com o início imediato de conversas para resolver as tarifas punitivas impostas a produtos brasileiros.

A imprensa estrangeira percebeu a estratégia: o Brasil fortalece o Sul Global enquanto resolve problemas econômicos diretos.

Assista para entender como essa dupla via aumenta o poder de barganha do Brasil no cenário internacional!

Link: https://www.youtube.com/watch?v=zOzj4BLO2y8




#DiplomaciaBrasileira #AcordosInternacionais #Lula #Indonésia #Malásia #EconomiaGlobal


domingo, 26 de outubro de 2025

Relações Brasil-EUA


A história da política externa brasileira reconhece dois tipos de relações entre Brasil e Estados Unidos da América: Americanismo Pragmático e Americanismo Ideológico. Pode-se afirmar que os diálogos com os EUA se tornaram prioridade na República Velha (1889-1930), particularmente na chancelaria de Barão do Rio Branco (1902-1912), quando este considerou que aproximar-se dos estadunidenses promoveria aumento no comércio, proteção contra invasões de europeus, fortalecimento regional e prestígio internacional. Ao longo dos séculos XX e XXI, divergências e convergências fizeram parte deste diálogo bilateral, como as vantagens obtidas nas Guerras Mundiais, o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca, a Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, o Memorando da Frustração, o Acordo Militar e seu rompimento, a Organização Pan-Americana, o rompimento com o Fundo Monetário Internacional, a Aliança para o Progresso, a Operação Brother Sam, a presença na Força Interamericana de Paz, as indenizações por causa da AMFORP e da ITT, a seção 301 do American Trade Act, a Guerra no Iraque, o acordo em relação ao urânio do Irã, o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas da base de Alcântara, o Acordo sobre Pesquisa, Desenvolvimento, Testes e Avaliação, entre outros. Adicionalmente, os EUA ocupam a posição de segundo maior parceiro comercial do Brasil, à frente da Argentina e atrás da China. Querem aprender mais? O professor Maurício Costa (@malcosta) pode ajudá-los, por meio de três de nossos cursos: Programa de Coaching, Curso de Redação e Trilha da IA. Tiveram interesse? Escrevam-nos.


 

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Segunda Guerra


Conhecer história é fundamental nos estudos para o CACD, tanto na fase objetiva quanto na fase discursiva. Querem dominar essa matéria e suas competências? Matriculem-se no Programa de Coaching e/ou no Curso de Redação do Diálogo Diplomático e sejam orientados pelo professor Maurício Costa (@malcosta). Vale lembrar que todas as matérias do edital estão inclusas nessa preparação. Para mais informações, entrem em contato conosco.


 

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Recorrência temática em economia no CACD


Recorrência temática em economia no CACD (2003-2025). 

O Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD) é conhecido como um dos mais exigentes do Brasil, um verdadeiro teste de resistência intelectual e conhecimento multidisciplinar. Dentro desse universo, a prova de Economia funciona como um filtro rigoroso, selecionando apenas os candidatos com uma compreensão aguçada das forças que moldam o Brasil e o mundo. Mas o que essa prova revela sobre as competências e a visão de mundo que o país busca em seus representantes internacionais?

Uma análise estatística detalhada de todas as provas de Economia do CACD, de 2003 a 2025, nos permite ir além do edital e entender o que, na prática, é mais valorizado. As conclusões são impactantes e, por vezes, contraintuitivas, desenhando o perfil de um profissional que é, ao mesmo tempo, historiador, estrategista monetário e profundo conhecedor do Estado brasileiro.

1. O Precedente como Arma: A História Econômica é a Estrela do Show
A primeira e mais contundente revelação é que o Itamaraty não busca um futurista, mas um mestre do precedente. A proeminência da História Econômica Brasileira (HEB) demonstra a crença de que os maiores desafios do Brasil são crônicos, e suas soluções, históricas.

Os dados são claros. Temas como "Regimes/Períodos Governamentais Específicos" e "Planos de Estabilização" estão entre os mais cobrados, com 7 e 6 ocorrências, respectivamente. Essa ênfase não é acidental; é estratégica. O Itamaraty exige que seus diplomatas compreendam as raízes da inflação, da dívida externa e dos ciclos de desenvolvimento. Para o CACD, um diplomata não é apenas um intérprete do passado, mas um estrategista que deve ser capaz de weaponizar o precedente histórico. Ele precisa saber usar o fracasso do Plano Cruzado como um argumento contra políticas heterodoxas em negociações internacionais, ou apresentar o sucesso do Plano Real como um case study de estabilização ortodoxa para defender as escolhas econômicas do Brasil.

2. O Conector Soberano: A Obsessão Estratégica com a Taxa de Câmbio
A análise estatística revela que a taxa de câmbio é mais do que um tópico recorrente; é o epicentro da prova, sinalizando que o diplomata brasileiro é, acima de tudo, um guardião da conexão soberana do país com a economia global. O tema "Regimes Cambiais e Taxa de Câmbio" é o campeão absoluto de frequência, com 9 aparições, correspondendo a 6,77% de todos os temas.

Para a diplomacia, a taxa de câmbio é o campo de batalha onde comércio, investimentos e estabilidade macroeconômica são disputados. Dominar a "tríade impossível" (trilema de Mundell-Fleming) deixa de ser um exercício acadêmico e torna-se uma competência crítica para defender a política monetária do Banco Central em fóruns como o FMI, para articular a posição brasileira sobre controles de capital ou para analisar os impactos de guerras cambiais. O exame forja um estrategista preparado para defender e explicar as escolhas econômicas soberanas do Brasil no palco mundial.

3. O Arsenal do Estado: A Prova Exige Fluência nas Ferramentas de Política Econômica
O exame deixa claro que um diplomata não pode ser um mero observador da economia. Ele precisa dominar o arsenal de instrumentos do Estado, pois a prova está desenhada para forjar um profissional que compreenda as capacidades e, crucialmente, as restrições da política econômica nacional. A alta incidência de "Política Monetária" (7 ocorrências) e "Política Fiscal" (6 ocorrências) comprova esse foco pragmático.

O objetivo é moldar um profissional que entenda as engrenagens da máquina pública e o impacto de suas decisões, uma competência vital para a defesa da credibilidade nacional. A ênfase na Lei de Responsabilidade Fiscal, por exemplo, não é apenas sobre gestão interna; é sobre a capacidade de um diplomata discutir com segurança o arcabouço fiscal brasileiro com investidores estrangeiros, agências de rating e instituições financeiras internacionais. Trata-se do alicerce da economic statecraft.

4. O Alicerce Tático: A Microeconomia como Ferramenta de Análise de Poder
Por fim, a prova revela que a Microeconomia não é um campo secundário, mas o alicerce tático indispensável. Sua cobrança, embora mais discreta com temas como "Estruturas de Mercado" (5 ocorrências) e "Elasticidade" (4 ocorrências), equipa o diplomata com as lentes para analisar o comportamento de atores específicos e poderosos no cenário internacional.

Entender "Estruturas de Mercado", por exemplo, não é teoria pura; é a base para participar de negociações comerciais sobre medidas antidumping, analisar o poder de mercado de corporações multinacionais ou compreender a dinâmica de cartéis e oligopólios que dominam mercados globais de commodities. A microeconomia, portanto, é a ferramenta para decifrar o comportamento dos atores com os quais o diplomata irá negociar, regular ou confrontar. É a fundação indispensável, mas seu uso é eminentemente tático.

Conclusão: Entre a História e o Dinheiro Digital
As quatro lições extraídas da prova de Economia do CACD pintam um retrato claro do profissional que o Brasil busca para representá-lo. Não se trata de um teórico abstrato, mas de um analista com profundo conhecimento da história econômica do país, focado na macroeconomia aberta e mestre das ferramentas de gestão do Estado.

Esse perfil, solidamente ancorado no passado, agora é desafiado a olhar para o futuro. O edital de 2025 introduziu um tópico inteiramente novo: "Bancos digitais, meios de pagamento e os desafios da transição do 'dinheiro de plástico' para o 'dinheiro digital' na economia do século XXI." O que essa combinação entre uma base histórica sólida e a atenção às novas fronteiras digitais nos diz sobre os desafios que o Brasil antecipa para sua diplomacia no século XXI?







 

Acordar cedo para estudar