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segunda-feira, 23 de março de 2009

NOTA DE CORTE

Considerando o ranking estabilizado em 400 notas, as possíveis alterações de gabarito e o famoso multiplicador(que e pouco científico, mas muito eficiente) aposto numa nota de corte entre 54,8 e 55,9 pontos, com tendência a 55,9.
Aposta feita. Saberemos o resultado nas próximas horas.

segunda-feira, 9 de março de 2009

COMENTÁRIOS SOBRE A PROVA OBJETIVA DA PRIMEIRA FASE-2009

Surpresa: eis o sentimento geral dos candidatos, e também o meu, em relação à formulação da prova objetiva de 2009. Minhas expectativas estavam parcialmente certas: português e inglês tiveram peso maior, com 28 questões, entretanto, direito e economia somaram juntas 26 questões. Restaram 26 questões para as outras quatro disciplinas que, não faz muito tempo, compunham o "núcleo duro" das habilidades exigidas no processo de seleção para a carreira diplomática.

A interpretação mais simplista seria a de que, de acordo com a prova, os diplomatas brasileiros devem saber bem português, inglês, direito e economia(estas duas de forma muito detalhada) e que as outras matérias seriam apenas acessórias. Evidentemente, isso não é verdade. A formulação da prova, muito embora possamos fazer muitas restrições, não extrapolou o programa do concurso. Tudo que está no programa pode ser cobrado em qualquer nível, e foi isso o que aconteceu. O objetivo parece ser o de testar o quanto os candidatos se prepararam em relação ao conjunto das disciplinas, não penas em relação àquelas que nos últimos anos vinham sendo as mais importantes e, por essa razão, as mais estudadas.

Mais uma vez fica evidente o fato de que a prova nunca segue um padrão idêntico ao ano anterior e que sempre mudanças significativas em sua formulação. Não é e nem nunca foi à toa que me desgastei e me desgasto tanto aqui no blog, quanto com meus alunos repetindo a afirmação de que é preciso estudar tudo, de que não se pode ignorar nenhum ponto do programa, que não se deve pautar a preparação baseada exclusivamente na prova anterior.

Façamos uma breve análise dos últimos cinco concursos: em 2005, a primeira fase teve questões objetivas e discursivas e não teve inglês; em 2006; a prova teve, pela primeira vez, 65 questões, teve inglês e geografia, mas não teve PI; em 2007, a prova manteve 65 questões, teve PI e não teve geografia; em 2008, voltaram todas as disciplinas para a primeira fase; e, em 2009, a prova passou a ter oitenta questões e foi dada ênfase em direito e economia. Quem duvidava ou duvida da necessidade de se preparar para o conjunto das disciplinas deve se lembrar daquela antiga propaganda de carro que dizia "está na hora de mudar os seus conceitos". Faço uma previsão que me tranformará em "profeta do acontecido": em 2010 a prova será bem diferente! ;-)

O perfil que o concurso exige não muda todos os anos, pelo contrário: tem de estar preparado em todas as matérias.

Em termos gerais, a prova me pareceu mais bem-redigida do que a prova de 2008. Não há a mesma quantidade de questões polêmicas que houve ano passado. A prova de português foi bastante inteligente; a prova inglês estava difícil, mas muito boa(gostem ou não, todos terão de saber inglês pra conseguir trabalhar, ou estudam muito agora ou terão de correr atrás depois); as provas de direito economia estavam, na minha opinião, desproporcionalmente detalhadas; política internacional foi prejudicada, precisava de mais questões para abordar temas essenciais da PEB; a prova de geografia estava bem redigida e relativamente fácil e as provas história estavam relativamente difíceis(em alguma questões o erro era apenas a inversão da ordem das palavras ou uma data).

Ainda não arriscarei um palpite para nota de corte, prefiro esperar o gabarito oficial. Em princípio, acredito que a média deve baixar. Voltamos a discutir o tema nos próximos dias.