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sábado, 27 de outubro de 2007

DICAS DE PORTUGUÊS PARA O TPS

Chegamos ao último texto referente a TPS. Mais uma vez, destaco que minhas dicas se baseiam no TPS 2007 e na premissa de que o CESPE continuará realizando as provas. Não se esqueçam de que nenhum dos últimos 7 TPS's foi igual e que poderá haver mudanças. Não negligenciem nenhuma matéria do programa do concurso em função do TPS!

Vamos, então, ao tema principal deste texto, a prova de português.

Acredito que português é uma das poucas matérias do concurso para qual o estudo individual é pouco produtivo. É muito necessário ter um bom professor, que possa esclarecer dúvidas sobre as minúcias e, principalmente, explicar os motivos pelos quais erramos e pelos quais acertamos (muitas vezes acertamos sem saber a razão e em outra oportunidade erramos a mesma questão). Ler gramáticas ajuda pouco e ainda cria uma antipatia crescente pela matéria.

O método mais eficiente para o estudo de português é o de solução de exercícios. O CESPE disponibiliza em sua página centenas de provas dos mais variados concursos públicos. Faça todas quantas forem possíveis. Não importa qual concurso seja, se é de nível médio ou superior ou se tem relação ou não com a carreira do erviço exterior. Tribunais, agências reguladoras, vestibulares, ministério público... As provas do CESPE mantêm um padrão de abordagem, de temas e de formulação de enunciados. Eu mesmo resolvi mais de 100 provas de português do CESPE. A cada dúvida, ia até minha professora discutir e aprender os motivos que basearam o gabarito da banca. Treino até o cansaço é a solução: repetição, absorção e observação dos padrões da prova.

Alguns tópicos são mais difíceis e mais polêmicos, mas são facilmente sanáveis pela adequação aos padrões da prova. Vamos a eles:

1-Pontuação: muitas "cascas de banana" aprecem com o uso de travessão, parênteses e vírgula, muitas vezes o uso misto das três coisas. É importante estudar bem esse tópico, pois é muito recorrente. Numa prova objetiva, sempre é bom lembrar que aquilo que as gramáticas definem como facultativo É CORRETO. Não tenham dúvidas ao marcar a opção. Em questões do tipo "avalie a correção gramatical dos trechos seguintes", o uso dessas "cascas de banana" é MUITO RECORRENTE. O jeito é decorar as minúicas das "regrinhas" e resolver exercícios, pois podem valer os preciosos 0,25 pontos que deixaram 8500 pessoas de fora da segunda fase em 2007;

2-Interpretação de texto: não se trata de algo "ensinável" ou completamente "treinável". O processo cognitivo de cada indivíduo influencia o resultado. É possível, entretanto, reduzir as dificuldades com muita atenção e exercício. Para facilitar, o estudo da diferença entre dedução, inferência e conclusão a partir de um texto é fundamental para evitar erros bobos de interpretação;

3-Regência e concordância: muitos erros comuns são resultantes do uso corrente de algumas expressões na linguagem oral que não estão de acordo com a norma culta. Muita atenção com a concordância e, principalmente, com o uso de preposições;

4-Acentuação: crase, sem dúvidas, é a maior dificuldade nesse tópico. É importante decorar todas as regras de facultatividade e obrigatoriedade do uso, bem como as exceções, para não perder pontos. Em geral são questões difíceis;

5-Nexos lógicos: conjunções e pronomes comumente são difícies, principalmente porque as provas do CESPE pedem que reconheçamos as funções exercidas por uma palavara ("que", por exemplo, pode ser conjunção integrante ou pronome relativo, muita atenção também com o uso do "se"). É importantíssimo conhecer os usos corretos das conjunções, pois na linguagem oral temos diversos vícios de linguagem que nos induzem ao erro quando estamos respondendo uma questão de acordo com a normal culta. MUITO CUIDADO!

Minhas sugestões não são exaustivas, evidentemente. Todo o programa de português deve estar "na ponta da língua", ou da caneta, para se fazer a prova. Tentei apenas esclarecer alguns pontos cruciais das provas de português do CESPE, já que resolvi mais de 100 delas durante a minha preparação. O resultado foi uma elevação na minha média de desempenho que me deixou acima dos 90% de acertos. Português tem correspondido a 20 pontos dos 65 totais nos dois últimos TPS's, um bom desempenho pode ser decisivo na aprovação.

Ufa, demorou, mas terminei a série TPS. A partir do próximo texto voltamos a questões mais gerais.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

DICAS DE POLÍTICA INTERNACIONAL PARA O TPS

Estou de volta, caros amigos, depois de um silêncio compulsório causado pelo período de provas no IRBr. Felizmente, ou não, quem me conhece sabe que não duraria muito minha ausência dos debates. Vamos, então, ao que mais nos interessa, a prova de Politica Internacional no TPS.

Eu acredito que PI seja a disciplina mais difícil de se estudar para o TPS. O programa é extenso, tem muitos tópicos de relações bilaterais, muitas questões internacionais contemporâneas, teoria das relações internacionais e muitos pontos do programa coincidem com geografia e história até mesmo na bibliografia indicada.Cuidado meu caros, muito cuidado. O fato de o programa coincidir com outras disciplinas pouco significa. A abordagem de cada uma das disciplinas é muito diferente.

Nunca esqueça de duas premissas fundamentais: a prova é baseada na discussão dos INTERESSES BRASILEIROS e é elaborada pelo CESPE. Dito isso, vamos às dicas de leitura.

1- RELAÇÕES INTERNACIONAIS DO BRASIL-TEMAS E AGENDAS (Lessa e Altemani): não tenha dúvidas, e a nova bíblia da disciplina. Além de ser editado pela UNB, um dos organizadores é membro da banca. Absolutamente TODOS OS TEMAS estão discutidos ali. Todos os grandes nomes em PI no Brasil publicam artigos na obra. Para que vocês tenham uma ilustração do quão importante é a leitura dessa obra, apenas ela, entre TODA A BIBLIOGRAFIA, faz alguma menção do conceito de "grande oriente médio" (questão de geopolítca na prova de geografia do CACD 2007). Os 2 volumes foram editados depois do TPS e antes da terceira fase em 2007. São indispensáveis, fundamentais, obrigatórios.

2- THE GLOBALIZATION OF WORLD POLITICS(Org. por John Baisley): é, sem dúvida, um manual indispensável. Todos os tópicos indispensáveis em termos de política mundial ali estão contemplados, incluindo teoria. Não há substituto melhor para a ampla bibliografia de TRI indicada, mas que de pouco servirá para uma preparação mais objetiva e bem focada. Para os que não são formados em RI, o livro é um verdadeiro portal dimensional do conhecimento. A indicação do meu amigo Ney Canany foi preciosa quando PI foi inserida n TPS.

3- POLÍTICA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEA(Altemani): uma boa versão sintética da primeira indicação, ajuda muito, mas é insuficiente em si mesma.

A leitura regular do RELNET, dos principais jornais internacionais, do site da ONU, dos discursos do nosso ministro e do nosso presidente são também fundamentais. Mantenha-se informado e atento sobre os mínimos detalhes de todos os temas internacionais. A leitura da Revista de Política Externa também colabora para a compressão de diversos temas estratégicos.

Acho que com essas indicações é possível fazer um bom TPS em PI. Parece muito? Ninguém disse que seria fácil, disse?

PS: antes que eu esqueça, a prova de PI do concurso do TCU, disponível no site do CESPE, é uma excelente e segura indicação da tendência da banca que a elabora.

Agora sim, por hoje é só, pessoal!