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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

COMENTÁRIOS SOBRE O EDITAL DO CACD 2009

Como já era esperado, a mudança veio. Por coincidência, chegou junto com Barack Obama! ;-)
Entre todos os boatos "quentes" ou "fervendo" que "pipocaram" na comunidade concurseira para o CACD nos últimos meses, houve apenas a confirmação parcial da obrigatoriedade de espanhol para todos os candidatos, ainda que apenas na quarta fase.
Como diria nosso amigo Jack, vamos por partes:

1) Pontuação mínima da terceira fase: a pontuação mínima de 360 pontos nas seis provas desta etapa restabelece da normalidade do concurso. Em primeiro lugar, acaba com os comentários injustos de jocosos do tipo "entra qualquer um"(já dizia o Art Popular há dez anos: "quero ver você passar"). Em segundo lugar, diminui a possibilidade de haver um grande número de candidatos com a pontuação mínima além dos 105 aprovados. Apenas para deixar registrado, o último aprovado da turma de 2008 teve 62% de aproveitamento, escore bem acima dos 50% exigidos. Se considerarmos apenas os candidatos acima da faixa do 60% de pontuação, veremos que havia apenas 119 candidatos. O concurso não se torna nem mais fácil, nem mais difícil: apenas retorna ao padrão exitoso dos últimos anos.

2)Oitenta questões na prova objetiva da primeira fase: considerando-se que uma percentagem entre 95 e 98% dos candidatos será eliminada na primeira fase, acredito que se trata da mudança mais significativa de todo o concurso. A distribuição destas novas quinze questões pode beneficiar ou prejudicar qualquer candidato. Se houver mais questões de história, a média sobe; se houver mais questões de economia, a média desce; se houver mais questões de português e inglês, a média cai mais ainda. Particularmente, acredito que a distribuição das questões na prova deverá privilegiar, em primeiro lugar, português e inglês(as duas disciplinas juntas somando 30 questões, como ocorreu em 2007). Os candidatos precisarão redobrar a atenção em relação a seus pontos fracos para que não desperdicem os pontos ganhos com seus melhores desempenhos. Gostei da mudança, pois ela possibilitará um maior aprofundamento das questões, o que deverá privilegiar os candidatos com mais conteúdo.

3)Espanhol e Francês obrigatórios na quarta fase: trata-se de uma mudança que poderá prejudicar MILHARES de candidatos, mas, ao mesmo tempo, faz sentido para quem conhece a realidade do trabalho de um diplomata. Essa mudança vai servir para que os candidatos não adiem o estudo das línguas estrangeiras, que são essenciais para a realização de um bom trabalho. Quando os diplomatas são demandados a fazer um texto em francês, uma tradução ou um texto em espanhol ou precisam participar de uma reunião bilateral utilizando essas línguas, não poderá dizer que não sabe. Melhor realmente estudar agora e economizar tempo depois, porque, acreditem, o esforço para recuperar o tempo perdido seria muito maior!

4)Mudanças na bibliografia da segunda fase: nesta etapa houve mudanças significativas. Há, claramente, uma redução de ênfase nas temáticas literárias e a enfatização do pensamento sobre o Brasil, fundamentalmente sobre o século XIX. A inclusão de Esaú e Jacó não me surpreendeu, muito embora eu esperasse a inclusão de Memorial de Aires. Fiquem atentos, porque se trata de uma fase diferente da obra de Machado, bem diversa daqueles clichês a que muita gente se apegou para fazer a prova nos últimos anos. Eu aposto uma caixa de refrigerante light que Machado vai ser tema da redação: não será ignorado no centésimo primeiro ano de sua morte. A inclusão de Joaquim Nabuco possibilitará um bom cotejo entre as geração de 1870 e a geração de trinta, ali representada por Sérgio Buarque e Gilberto Freyre. A retirada de Caio prado Jr. não me agradou, mas minha opinião é parcial demais, considerando-se que eu sou fã e estudioso de sua obra. A retirada de darcy Ribeiro faz sentido, ainda mais se levarmso em conta o quanto ele foi tratado na redação de devia ser sobre Drummond;


O CACD 2009 será um concurso equilibrado, que privilegiará os candidatos mais bem preparados. Ser mais bem preparado, entretanto, não é pagar o curso preparatório mais caro ou saber muito de pouco. Ser mais bem preparado é ter conteúdo.


O momento agora é de concentração, de disciplina, de sacrifício e de superação. Ninguém, está reprovado antecipadamente, muito menos aprovado por decreto divino. O famoso índice HBC fará toda a diferença. Repitam o velho mantra: "estudar, estudar, estudar, estudar, estudar"!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

TESTE SEUS CONHECIMENTOS-PORTUGUÊS

Começamos hoje uma série de posts com exercícios de todas as matérias, de vários concursos realizados pelas mais diversas instituições, para que os candidatos possam lutar contra a ansiedade estudando. É um grão de areia no deserto do programa do concurso, mas exercitar sempre ajuda.

PS: o gabarito sempre será publicado no dia seguinte.


ANVISA-2007
Mãos à obra

Se, por acaso, você estacionar o carro em cima da 1
calçada e, na volta, encontrá-lo com o adesivo “Multado por
mim” na lataria, não se assuste, você não vai receber nenhum
auto de infração pelos Correios. A intenção do idealizador 4
desse selo é que você fique tão contrariado quanto ele ficou
quando encontrou o seu possante atravancando a passagem.
O adesivo, explica o urbanista idealizador, é uma 7
forma de protesto contra a nossa sociedade permissiva, que
faz vista grossa aos pequenos delitos diários. Se não resolve
os problemas, ao menos faz com que o infrator reflita. 10
O urbanista se deu de presente de aniversário o
primeiro milheiro de adesivos. Ele e os amigos que
receberam as etiquetas já estão multando. Sem querer ficar 13
com fama de chato, ele se defende: “Se todo mundo
manifestar suas certezas, podemos chegar a um consenso. As
decisões não podem ser tomadas apenas por um pequeno 16
grupo.”
Jornal do Brasil, 3/11/2005 (com adaptações).

Com relação ao texto acima, julgue os próximos itens.

( ) Com igual correção gramatical, a primeira oração do texto
poderia ser expressa da seguinte forma: Se caso você
estacione o veículo sobre a calçada.
( ) Com a forma de protesto utilizada, o urbanista mencionado
no texto visa, principalmente, atingir o Estado, que não
legisla sobre pequenos delitos.
( ) No texto, as palavras “adesivo” (R.2) e “selo” (R.5) designam
a mesma coisa.
( ) A última oração do texto, cujo verbo está na voz passiva,
corresponde, na voz ativa, à seguinte frase: Um pequeno
grupo não pode apenas tomar decisões por nós.