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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PONTAPÉ INICIAL PARA CACD 2010

A publicação da portaria 683, no DOU de ontem, deu início ao processo do CACD 2010 e, como sempre, acendeu a fogueira dos boatos e das especulações sobre a próxima prova. Acredito que a maioria dos candidatos deve, ou pelo menos devia, estar tranquila com aquilo que foi publicado.

Felizmente para todos, prevaleceu a solução de continuidade. O concurso continua com quatro fases, a prova de portugês é eliminatória, espanhol e francês continuam obrigatórios, mas apenas classificatórios na quarta fase, o prova objetiva da primeira fase terá todas as matérias do concurso, exceto espanhol e francês. Um pouco de estabilidade não faz mal a ninguém :-).

Destaco, entretanto, que a continuidade das regras não siginifica, e jamais significou, repetição do padrão da prova. Até a publicação do edital, alerto os candidatos para os seguintes pontos

a)não se sabe qual será, por exemplo, o número de questões da prova objetiva ou qual será o formato das provas da terceira e quarta fases. Pode parecer pouco importante, mas a quantidade de questões da prova discursiva( 4 ou 5), o número de linhas (60 ou 90), a nota mínima por etapa são fatores determinantes para o bom andamento da preparação;

b) somente após a publicação do edital saberemos se houve mudanças no programa e na bibliografia;

c) mesmo após a publicação do edital, não saberemos qual será a distribuição de questões por disciplina na prova objetiva.;

d) a publicação da portaria em fins de outubro é um forte indício de que o CACD 2010 deve seguir cronograma semelhante ao do CACD 2006 e ao do CACD 2007 (primeira fase em fevereiro, terceira e quarta fases em maio).

Como nunca me canso de repetir, é imprescindível que os candidatos estejam preparados para tudo, do ponto mais obscuro ao mais óbvio do programa do concurso. Preocupações com a data da prova afetam a preparação, mas o que mais pode afetar negativamente o estudo é perder tempo demais preocupado com o tempo que falta em vez de gastá-lo lendo e fazendo exercícios.

Pode parecer absurdo, mas afirmo com convicção que um candidato despreparado hoje será aprovado em fevereiro e que candidatos supostamente mais bem preparados, que estudam há mais tempo, não serão. Moral da história: a eficiência do estudo é mais importante do que o tempo e do que o cronograma do concurso. Estudem muito e estudem bem, porque é a única forma de diminuir a influência da "sorte" no desempenho final.

Abaixo, o texto da portaria.

PORTARIA Nº 683, DE 27 DE OUTUBRO DE 2009O MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES, no uso desuas atribuições, e tendo em vista o disposto nos artigos 1º e 5º doRegulamento do Instituto Rio Branco, aprovado pela Portaria de 20de novembro de 1998, publicada no Diário Oficial da União de 25 denovembro de 1998, e alterado pela Portaria nº 11, de 17 de abril de2001, publicada no Diário Oficial da União de 25 de abril de 2001,resolve:

Art. 1º. Ficam estabelecidas as normas que se seguem para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata de 2010.

Art. 2º. O Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata de2010 constará, na Primeira Fase, de prova objetiva, de caráter eliminatório,constituída de questões de Português, de História do Brasil,de História Mundial, de Geografia, de Política Internacional, deInglês, de Noções de Economia e de Noções de Direito e DireitoInternacional Público.

Art. 3º. A Segunda Fase constará de prova discursiva eliminatóriae classificatória de Português.Parágrafo único. Será estabelecida nota mínima para a provade Português.

Art. 4º. A Terceira Fase constará de provas discursivas deHistória do Brasil, de Geografia, de Política Internacional, de Inglês,de Noções de Economia e de Noções de Direito e Direito InternacionalPúblico.Parágrafo

1º. As seis provas da Terceira Fase terão pesoequivalente.Parágrafo
2º. Será estabelecida nota mínima para o conjuntodas provas da Terceira Fase.

Art. 5º. A Quarta Fase constará de provas escritas de Espanhole de Francês, de caráter exclusivamente classificatório.

Parágrafo único. Para efeitos de classificação, cada uma dasprovas da Quarta Fase terá peso equivalente a metade do peso decada uma das provas da Terceira Fase.

Art. 6º. Serão oferecidas, no Concurso de Admissão à Carreirade Diplomata de 2010, 108 (cento e oito) vagas para a classeinicial da Carreira de Diplomata.Art. 7º. O Diretor-Geral do Instituto Rio Branco fará publicaro Edital do Concurso.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

MÓDULO INTENSIVO DE REDAÇÃO E EXERCÍCIOS PARA O CACd-BRASÍLIA

Prof. Maurício Costa.

Metodologia: análise de espelhos originais de provas corrigidas pelabanca do Instituto rio Branco entre os anos de 2006 e 2009 erealização de simulado.(banco de mais de quatrocentas provas dos últimos quatro anos. Nãoserão repetidas provas usadas as aulas ministradas anteriormente)Carga horária: 15h (incluindo a realização do simulado)

Os interessados, por favor, devem escrever para <professor.mauriciocosta@gmail.com>

_______________________________________________________________
Endereço: Colégio Senior - SGAS 616, s/n cj C lt 114 L2 Sul

Horário de realização das aulas:

Turma matutina:Segundas e quintas, das 8 às 9h30min
Início das aulas: 10/09
Fim das aulas: 28/09
( a turma matutina não tem limite de vagas)

Turma Noturma:Quartas-feiras, das 19h30min às 22h30min
Início das aulas: 09/09
Fim das aulas: 30/09
Número de vagas: 45

Programa:
-Aplicação dos critérios de correção formal (gramática, estilo,vocabulário, paragrafação, legibilidade, pontuação e ortografia).Análise de espelhos de prova;
-Comparação entre as provas de 2006, 2007, 2008, 2009. Análise deespelhos de prova;
-Organização de estrutura Geral do Texto: estratégias mais bemavaliadas pela banca nos últimos quatro anos. Simplicidade, clareza,objetividade. Análise de espelhos de prova;
-Estrutura formal do texto: equívocos recorrentes de gramática(colocação pronominal; concordância nominal e verbal; regência nominale verbal; paralelismo sintático; referência pronominal, coordenação e subordinação). Análise de espelhos de prova;
-Estrutura formal do texto: para acabar com a lenda das palavras proibidas (vocabulário e estilo: usos e estruturas);
- Comentário, interpretação e análise de texto: estrutura e diferenças. Análise de espelhos de prova;
-Simulado.
Data da entrega do simulado: 3 de outubro

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

COMENTÁRIOS SOBRE O RESULTADO FINAL DO CACD 2009

Em primeiro lugar, gostaria de parabenizar a todos os aprovados no CACD 2009, especialmente a aqueles cuja trajetória eu acompanhei seja como professor, seja como amigo.

Acredito que o saldo do CACD 2009 tenha sido positivo. Não houve o mesmo fenômeno de "desvio temático" na segunda fase, como ocorreu em 2008, e a terceira e quarta fases tiveram provas muito coerentes, de significativo grau de dificuldade e que exigiram muito conhecimento dos candidatos que chegaram até as últimas etapas.

Particularmente, acredito que "mudança de rumos" de algumas provas em comparação a 2008 tem relação direta com a mudança na composição das bancas corretoras. Infelizmente para os candidatos, os nomes do corretores foram publicados somente após a realização das provas. Direito, História do Brasil e Política Internacional passaram por mudanças significativas. Essas mudanças não devem ser ignoradas, porque indicam a prevalência de diferentes pontos de vista, de diferentes influências acadêmicas e, também, de ênfases em diferentes tópicos do programa.

Os candidatos mais "antenados", perceberão claramente a relação entre alguns nomes das bancas corretoras e alguns dos temas cobrados no CACD 2009. Aos que não conhecem e não conseguem fazer essa relação, é imprescindível uma boa pesquisa na plataforma lattes sobre os temas de pesquisa e as áreas de formação de cada um dos corretores. Ainda que não se possa ter certeza de nada, essa pesquisa pode colaborar para indicar a ênfase nos estudos de cada disciplina. De qualquer forma, é melhor estar preparado pra tudo e não ser eliminado por nenhuma surpresa.

A partir de agora, retomo as atividades do blog e espero continuar contribuindo para os e futuros colegas candidatos.

Abaixo, a composição das bancas corretoras:


HISTÓRIA DO BRASIL
Professor AMADO LUIZ CERVO
Professor JOSÉ FLÁVIO SOMBRA SARAIVA
Professor FRANCISCO FERNANDO MONTEOLIVA DORATIOTO

GEOGRAFIA
Professor ANTONIO CARLOS ROBERT MORAES
Professor ANDRÉ ROBERTO MARTIN
Professor ELI ALVES PENHA

POLÍTICA INTERNACIONAL
Professor ALCIDES COSTA VAZ
Conselheiro MAURÍCIO CARVALHO LYRIO
Conselheiro BENONI BELLI

INGLÊS
Ministro CARLOS SÉRGIO SOBRAL DUARTE
Professora EDITE DO CÉU FAIAL JACQUES
Professor MARK DAVID RIDD

NOÇÕES DE ECONOMIA
Professora ADRIANA MOREIRA AMADO
Professora MARIA TERESA RIBEIRO DE OLIVEIRA
Professor ROBERTO DE GOES ELLERY JUNIOR
Conselheiro SARQUIS JOSÉ BUAINAIN SARQUIS

NOÇÕES DE DIREITO E DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Professor JORGE LUIZ FONTOURA NOGUEIRA FILHO
Professor ANTENOR PEREIRA MADRUGA
Secretário CELSO DE TARSO PEREIRA
Secretário AURÉLIO ROMANINI DE ABRANCHES VIOTTI

ESPANHOL
Professor PEDRO DELGADO HERNÁNDEZ
Professora MARÍA CAROLINA CALVO CAPILLA
Professora MARÍA DEL MAR PARAMOS CEBEY

FRANCÊS
Professora ISABELLE FERMIER GONÇALVES DE SOUZA
Professora ISABEL BOTELHO BARBOSA

sábado, 4 de abril de 2009

COMENTARIOS SOBRE A SEGUNDA FASE DO CACD 2009

A prova de português do CACD 2009 não surpreendeu. No edital do concurso, já estava esclarecido que o tema da redação seria de ordem geral e que somente os exercícios de comentário, interpretação ou análise de textos teriam por base a bibliografia obrigatória. A pergunta, então, é: "o texto motivador a redação não era um excerto de Esaú e Jacó?". A resposta todos já sabem, mas também parece que evidente que a o tema da redação não era o romance de Machado de Assis. Espero que nenhum candidato tenha discutido a obra de Machado somente. Não esqueçamos, também, que se trava de uma pergunta. Parece óbvio dizer isso, mas é importante que ela tenah sido respondida.

A capacidade inter-relação e a capacidade de fazer análise conceitual serão beneficiadas. Na minha opinião, as redações que discutiram com base mais filosófica, política e analítica serão beneficiadas, em detrimento das redações que, de alguma forma, tentaram "encaixar" análise de exemplos de "idéias como patrimônio comum". As redações que trataram de propriedade intelectual estariam, na minha opinião, corretas. Propriedade intelectual é exatamente a confronto entra a "propriedade privada de idéias" e o "domínio público", que representaria o "patrimônio comum". Além disso, o excerto que motivava a redação tratava da questão da autoria, que, por sua vez, é um dos principais temas de propriedade intelectual: o direito autoral. Se as redações que seguiram essa abordagem tiverem discutido em termos mais conceituais e suas implicações políticas, sem discutirem demais as questões de política externa contemporânea, não deverão sofrer prejuízos irreversíveis. Infelizmente, o que eu penso e o que banca pensa não são necessariamente a mesma coisa e acredito que prevalecerá a primeira a abordagem-filosófica e política.

Os exercícios estavam relativamente fáceis. O comando do exercício de comentário, de Raízes do Brasil, especificava o método de elaboração da resposta: "ilustar com exemplo histórico". O comentário exigia, portanto, a discussão do tema, não apenas a velha, equivocada e tão repetida paráfrase dos excertos, que já reprovou e/ou reduziu a nota de centenas de candidatos nos últimos anos. O segundo exercício exigia do candidato conhecimento sobre a obra e exigia o "risco" de opinar e interpretar(risco que os candidatos geralmente têm pavor de assumir). As interpretações foram as mais diversificadas, por isso creio que não haverá grandes surpresas.

A mais importante característica da segunda fase de 2009 foi a impossibilidade de padronização das respostas. Todos os candidatos deviam falar sobre o mesmo tema, cada um a seu modo, de acordo com sua capacidade e sua "maturidade intelectual". Aqueles que estivessem adestrados a falar de um tema ou adestrados a formato único tiveram grande dificuldades na elaboração do texto. Ao contrário do que apregoam os vendedores de milagres, A PADRONIZAÇÃO DAS RESPOSTAS NA PROVA DE REDAÇÃO É FATOR DE REPROVAÇÃO! O ano de 2008 foi muito importante para que fosse percebido o "efeito adestramento" na prova de redação, pois mais de uma centena de candidatos falou de de Sergio Buarque, de Darcy Ribeiro e de Gilberto Freyre, mas não de Drummond. O "comando aberto" do ano passado possibilitou o "encaixe", mas a prova de 2009 acabou com essa possibilidade. FELIZMENTE!

Para os candidatos mais preocupados com o tratamento do tema, enfatizo que, tão ou mais importante, é o aspecto formal da resposta. Os critérios aplicados são bastante rígidos, especialmente no que se refere a estilo e a vocabulário. Muitos candidatos acreditam que fizeram excelentes redações, mas podem ser eliminados pelo desconhecimento de algumas regras básicas da prova em relação à colocação pronominal, ao vocabulário em sentido conotativo e à pontuação( usei esses exemplos porque são as maiores dificuldades dos candidatos que preparei ao longo do último ano). Os 50 pontos de estrutura formal (30 na redação, 10 em cada exercício) serão o fator decisivo da aprovação de muitos candidatos. O valor da penalização aplicado pela banca( ou 0,5 ou 1 ponto) só será conhecido dia 7 de maio, quando os espelhos forem liberados. Muitos candidatos dependem dessa escolha para serem aprovados... Só nos resta esperar.

Boa sorte a todos e continuem estudando. Desejo um pouco mais de sorte aos meus alunos( he he), mas acredito que o esforço na preparação terá resultados.

segunda-feira, 23 de março de 2009

NOTA DE CORTE

Considerando o ranking estabilizado em 400 notas, as possíveis alterações de gabarito e o famoso multiplicador(que e pouco científico, mas muito eficiente) aposto numa nota de corte entre 54,8 e 55,9 pontos, com tendência a 55,9.
Aposta feita. Saberemos o resultado nas próximas horas.

segunda-feira, 9 de março de 2009

COMENTÁRIOS SOBRE A PROVA OBJETIVA DA PRIMEIRA FASE-2009

Surpresa: eis o sentimento geral dos candidatos, e também o meu, em relação à formulação da prova objetiva de 2009. Minhas expectativas estavam parcialmente certas: português e inglês tiveram peso maior, com 28 questões, entretanto, direito e economia somaram juntas 26 questões. Restaram 26 questões para as outras quatro disciplinas que, não faz muito tempo, compunham o "núcleo duro" das habilidades exigidas no processo de seleção para a carreira diplomática.

A interpretação mais simplista seria a de que, de acordo com a prova, os diplomatas brasileiros devem saber bem português, inglês, direito e economia(estas duas de forma muito detalhada) e que as outras matérias seriam apenas acessórias. Evidentemente, isso não é verdade. A formulação da prova, muito embora possamos fazer muitas restrições, não extrapolou o programa do concurso. Tudo que está no programa pode ser cobrado em qualquer nível, e foi isso o que aconteceu. O objetivo parece ser o de testar o quanto os candidatos se prepararam em relação ao conjunto das disciplinas, não penas em relação àquelas que nos últimos anos vinham sendo as mais importantes e, por essa razão, as mais estudadas.

Mais uma vez fica evidente o fato de que a prova nunca segue um padrão idêntico ao ano anterior e que sempre mudanças significativas em sua formulação. Não é e nem nunca foi à toa que me desgastei e me desgasto tanto aqui no blog, quanto com meus alunos repetindo a afirmação de que é preciso estudar tudo, de que não se pode ignorar nenhum ponto do programa, que não se deve pautar a preparação baseada exclusivamente na prova anterior.

Façamos uma breve análise dos últimos cinco concursos: em 2005, a primeira fase teve questões objetivas e discursivas e não teve inglês; em 2006; a prova teve, pela primeira vez, 65 questões, teve inglês e geografia, mas não teve PI; em 2007, a prova manteve 65 questões, teve PI e não teve geografia; em 2008, voltaram todas as disciplinas para a primeira fase; e, em 2009, a prova passou a ter oitenta questões e foi dada ênfase em direito e economia. Quem duvidava ou duvida da necessidade de se preparar para o conjunto das disciplinas deve se lembrar daquela antiga propaganda de carro que dizia "está na hora de mudar os seus conceitos". Faço uma previsão que me tranformará em "profeta do acontecido": em 2010 a prova será bem diferente! ;-)

O perfil que o concurso exige não muda todos os anos, pelo contrário: tem de estar preparado em todas as matérias.

Em termos gerais, a prova me pareceu mais bem-redigida do que a prova de 2008. Não há a mesma quantidade de questões polêmicas que houve ano passado. A prova de português foi bastante inteligente; a prova inglês estava difícil, mas muito boa(gostem ou não, todos terão de saber inglês pra conseguir trabalhar, ou estudam muito agora ou terão de correr atrás depois); as provas de direito economia estavam, na minha opinião, desproporcionalmente detalhadas; política internacional foi prejudicada, precisava de mais questões para abordar temas essenciais da PEB; a prova de geografia estava bem redigida e relativamente fácil e as provas história estavam relativamente difíceis(em alguma questões o erro era apenas a inversão da ordem das palavras ou uma data).

Ainda não arriscarei um palpite para nota de corte, prefiro esperar o gabarito oficial. Em princípio, acredito que a média deve baixar. Voltamos a discutir o tema nos próximos dias.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

COMENTÁRIOS SOBRE O EDITAL DO CACD 2009

Como já era esperado, a mudança veio. Por coincidência, chegou junto com Barack Obama! ;-)
Entre todos os boatos "quentes" ou "fervendo" que "pipocaram" na comunidade concurseira para o CACD nos últimos meses, houve apenas a confirmação parcial da obrigatoriedade de espanhol para todos os candidatos, ainda que apenas na quarta fase.
Como diria nosso amigo Jack, vamos por partes:

1) Pontuação mínima da terceira fase: a pontuação mínima de 360 pontos nas seis provas desta etapa restabelece da normalidade do concurso. Em primeiro lugar, acaba com os comentários injustos de jocosos do tipo "entra qualquer um"(já dizia o Art Popular há dez anos: "quero ver você passar"). Em segundo lugar, diminui a possibilidade de haver um grande número de candidatos com a pontuação mínima além dos 105 aprovados. Apenas para deixar registrado, o último aprovado da turma de 2008 teve 62% de aproveitamento, escore bem acima dos 50% exigidos. Se considerarmos apenas os candidatos acima da faixa do 60% de pontuação, veremos que havia apenas 119 candidatos. O concurso não se torna nem mais fácil, nem mais difícil: apenas retorna ao padrão exitoso dos últimos anos.

2)Oitenta questões na prova objetiva da primeira fase: considerando-se que uma percentagem entre 95 e 98% dos candidatos será eliminada na primeira fase, acredito que se trata da mudança mais significativa de todo o concurso. A distribuição destas novas quinze questões pode beneficiar ou prejudicar qualquer candidato. Se houver mais questões de história, a média sobe; se houver mais questões de economia, a média desce; se houver mais questões de português e inglês, a média cai mais ainda. Particularmente, acredito que a distribuição das questões na prova deverá privilegiar, em primeiro lugar, português e inglês(as duas disciplinas juntas somando 30 questões, como ocorreu em 2007). Os candidatos precisarão redobrar a atenção em relação a seus pontos fracos para que não desperdicem os pontos ganhos com seus melhores desempenhos. Gostei da mudança, pois ela possibilitará um maior aprofundamento das questões, o que deverá privilegiar os candidatos com mais conteúdo.

3)Espanhol e Francês obrigatórios na quarta fase: trata-se de uma mudança que poderá prejudicar MILHARES de candidatos, mas, ao mesmo tempo, faz sentido para quem conhece a realidade do trabalho de um diplomata. Essa mudança vai servir para que os candidatos não adiem o estudo das línguas estrangeiras, que são essenciais para a realização de um bom trabalho. Quando os diplomatas são demandados a fazer um texto em francês, uma tradução ou um texto em espanhol ou precisam participar de uma reunião bilateral utilizando essas línguas, não poderá dizer que não sabe. Melhor realmente estudar agora e economizar tempo depois, porque, acreditem, o esforço para recuperar o tempo perdido seria muito maior!

4)Mudanças na bibliografia da segunda fase: nesta etapa houve mudanças significativas. Há, claramente, uma redução de ênfase nas temáticas literárias e a enfatização do pensamento sobre o Brasil, fundamentalmente sobre o século XIX. A inclusão de Esaú e Jacó não me surpreendeu, muito embora eu esperasse a inclusão de Memorial de Aires. Fiquem atentos, porque se trata de uma fase diferente da obra de Machado, bem diversa daqueles clichês a que muita gente se apegou para fazer a prova nos últimos anos. Eu aposto uma caixa de refrigerante light que Machado vai ser tema da redação: não será ignorado no centésimo primeiro ano de sua morte. A inclusão de Joaquim Nabuco possibilitará um bom cotejo entre as geração de 1870 e a geração de trinta, ali representada por Sérgio Buarque e Gilberto Freyre. A retirada de Caio prado Jr. não me agradou, mas minha opinião é parcial demais, considerando-se que eu sou fã e estudioso de sua obra. A retirada de darcy Ribeiro faz sentido, ainda mais se levarmso em conta o quanto ele foi tratado na redação de devia ser sobre Drummond;


O CACD 2009 será um concurso equilibrado, que privilegiará os candidatos mais bem preparados. Ser mais bem preparado, entretanto, não é pagar o curso preparatório mais caro ou saber muito de pouco. Ser mais bem preparado é ter conteúdo.


O momento agora é de concentração, de disciplina, de sacrifício e de superação. Ninguém, está reprovado antecipadamente, muito menos aprovado por decreto divino. O famoso índice HBC fará toda a diferença. Repitam o velho mantra: "estudar, estudar, estudar, estudar, estudar"!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

TESTE SEUS CONHECIMENTOS-PORTUGUÊS

Começamos hoje uma série de posts com exercícios de todas as matérias, de vários concursos realizados pelas mais diversas instituições, para que os candidatos possam lutar contra a ansiedade estudando. É um grão de areia no deserto do programa do concurso, mas exercitar sempre ajuda.

PS: o gabarito sempre será publicado no dia seguinte.


ANVISA-2007
Mãos à obra

Se, por acaso, você estacionar o carro em cima da 1
calçada e, na volta, encontrá-lo com o adesivo “Multado por
mim” na lataria, não se assuste, você não vai receber nenhum
auto de infração pelos Correios. A intenção do idealizador 4
desse selo é que você fique tão contrariado quanto ele ficou
quando encontrou o seu possante atravancando a passagem.
O adesivo, explica o urbanista idealizador, é uma 7
forma de protesto contra a nossa sociedade permissiva, que
faz vista grossa aos pequenos delitos diários. Se não resolve
os problemas, ao menos faz com que o infrator reflita. 10
O urbanista se deu de presente de aniversário o
primeiro milheiro de adesivos. Ele e os amigos que
receberam as etiquetas já estão multando. Sem querer ficar 13
com fama de chato, ele se defende: “Se todo mundo
manifestar suas certezas, podemos chegar a um consenso. As
decisões não podem ser tomadas apenas por um pequeno 16
grupo.”
Jornal do Brasil, 3/11/2005 (com adaptações).

Com relação ao texto acima, julgue os próximos itens.

( ) Com igual correção gramatical, a primeira oração do texto
poderia ser expressa da seguinte forma: Se caso você
estacione o veículo sobre a calçada.
( ) Com a forma de protesto utilizada, o urbanista mencionado
no texto visa, principalmente, atingir o Estado, que não
legisla sobre pequenos delitos.
( ) No texto, as palavras “adesivo” (R.2) e “selo” (R.5) designam
a mesma coisa.
( ) A última oração do texto, cujo verbo está na voz passiva,
corresponde, na voz ativa, à seguinte frase: Um pequeno
grupo não pode apenas tomar decisões por nós.