Aproxima-se o início da fase decisiva do CACD 2011. Na próxima semana, teremos o resultado definitivo da segunda fase e o início das provas discursivas da terceira e da quarta fases. A disputa será acirrada, já que o número de candidatos por vaga é de 10,66 e pode aumentar após o resultado definitivo da segunda fase.
No CACD 2011, não haverá espaço para a "pasteurização" das respostas. Não será mais aprovado aquele candidato que fizer apenas o suficiente, será necessário destacar-se, fazer algo diferente, ter profundidade de análise e, principalmente, manter boa média nas línguas estrangeiras. Com menos de 490 pontos dos setecentos pontos possíveis (70%) nas duas últimas etapas, será muito difícil alcançar os primeiros 24 lugares do CACD (24 porque acredito que serão preenchidas as duas vagas para portadores de deficiência). Alcançar essa pontuação é difícil, mas obviamente não é impossível e depende única e exclusivamente de como o candidato organiza seu tempo e seus esforços.
Há algumas recomendações que me atrevo a fazer com base na experiência de candidato e de professor/ orientador para o CACD há quatro anos:
O que não fazer:
-Ocupar todo o tempo livre com aulas em detrimento de leitura, principalmente em disciplinas como geografia, história, política internacional e direito;
-Não aproveitar os exercícios discursivos como forma de revisão dos conteúdos;
-Deixar de treinar devidamente a elaboração de questões de sessenta linhas. Não é fácil desenvolver a capacidade de síntese necessária a uma boa questão dessa dimensão e a possibilidade de perda de pontos por "encaixotar" a resposta é muito grande;
-Subestimar a necessidade de estudo das disciplinas em que está mais bem preparado. É necessário ter em mente que seu melhor desempenho pode ser 70/100,75/100 ou mais de 80/100. É melhor estar "na ponta dos cascos" sempre;
-Abandonar ou preterir o estudo de sua disciplina mais fraca. No CACD 2011, com 26 vagas, não há espaço para compensação. Não se deve abandonar o estudo de inglês ou subestimar espanhol e francês.
O que fazer:
-Distribuir, de forma equilibrada, o tempo entre leituras, exercícios e aulas, necessariamente nesta ordem;
-Privilegiar a leitura nas semanas de prova;
-Dedicar-se a redigir pelo menos um exercício de inglês por dia até a data da prova. A prova de inglês é "traiçoeira", a fluência não garante desempenho e a média é baixa;
-Treinar a elaboração de exercícios de sessenta linhas;
-Reforçar os exercícios de francês e espanhol;
-Investir o maior esforço possível na disciplina em que tenha melhor desempenho;
-Investir o maior esforço possível na disciplina em que tenha o pior desempenho;
-Ter hora pra dormir, hora pra acordar e rotina de estudo organizada;
-Manter a calma. Eu sei que parece instrução de segurança contra incêndio: "se o prédio pegar fogo e você tiver medo de morrer queimado, mantenha a calma e saia caminhando até ser atropelado ou virar churrasquinho", mas, racionalmente, é algo que precisa ser dito. Não se deixe envolver pela angústia, pelo pânico ou pela ansiedade. Concentração e "foco" farão toda a diferença.
Por fim, uma analogia futebolística, como é do dos gosto do nosso ex-presidente: o CACD é um campeonato de pontos corridos, não importa se o três pontos são perdidos na primeira ou na última rodada, porque farão falta na busca do título ou da vaga na libertadores. Tem de ganhar do São Paulo do Morumbi, do Grêmio no Olímpico, embora a derrota nesses casos seja justificável, mas jamais se pode empatar com ou perder para América-MG em casa.
Todos os pontos são imprescindíveis.
Desejo boa sorte a todos, bons estudos e espero encontrá-los no Itamaraty em setembro.
3 comentários:
tenho seguido teu blog há tempos, que bom q começaste a postar novamente. Minha filha quer seguir a carreira, ela entrou para o curso de Direito agora, mas se prepara desde já. Agora eu já pas-
sei da idade ( 41 anos), mas meu sonho tbm era ser diplomata.
O que vc tem contra o América mineiro?! hahahha
Durante a época de escola eu sempre estudava para ter as melhores notas. Nem sei se era pelo conhecimento (criança não tem muita consciência), mas gostava de ter um 10 no boletim, pura e simplesmente.
Passei no vestibular, quase sem querer... (depois de tanto estudar durante o ensino fundamental e médio) cursei direito, pensando: depois eu escolho um concurso público... tem bastante opção na área.
Um dia eu cogitei em ser diplomata, ainda no segundo ano de faculdade. Acho que tinha uns 19 ou 20 anos, mas o inglês era a minha dificuldade. Decidi que não era para mim.
Hoje, com 33 anos e ainda em busca de um trabalho que não só garanta o dinheiro para as contas, também satisfação, resolvi retirar as lembranças do baú... a minha vocação é ser diplomata.
Depois de ter viajado para alguns países e ter conseguido me comunicar em inglês (!), conhecido outras culturas, outras pessoas, as dificuldades e as esperanças de outros povos... meu sangue voltou a "fervilhar" como na época que eu estudava por prazer de tem o 10 no boletim.
Realmente, espero te encontrar no Itamaraty. Pode demorar o tempo que for, mas vou morrer estudando para chegar ai. Sei que muitos livros me aguardam nas prateleiras da minha estante e o caminho é longo. E vou precisar de orientação também. Qualquer contribuição ajuda. Voltarei sempre aqui para saber alguma novidade.
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