Publicado o resultado do da primeira fase do CACD 2019, cabe deixar alguns esclarecimentos sobre a projeção final da nota de corte:
1. A projeção da nota de corte é feita desde 2008, com bastante precisão. Desde então, temos mais de uma previsão por ano, de acordo com o ranking disponível, até proximamente o resultado. Com exceção de 2012, quando o CACD teve mais questões de múltipla escolha anuladas do que o normal, conseguiu-se avaliar corretamente a faixa da nota de corte.
2. Em mais de dez anos, nunca houve nenhum problema com a divulgação da projeção . A grande diferença de 2019 foi a proximidade entre o gabarito provisório e o resultado final. Nos anos anteriores, o resultado final era divulgado, geralmente, em data mais próxima da realização da segunda fase. Neste ano, foram apenas dez dias entre um e outro.
3. Esse prazo explica dois fatores: primeiro, a projeção final teve de ser feita em menos tempo; e, segundo, não há nenhum cabimento em alegar que a previsão foi falseada para garantir matrículas de alunos. O prazo existente é, inclusive, menor que o prazo dado pelo Código de Defesa do Consumidor para desistir de qualquer operação sem pagamento de multa. Os alunos que desistirem receberão a devolução devida, como sempre ocorreu e ocorrerá.
4. A diferença entre a primeira previsão e a final decorreu de diversos fatores, entre eles o crescimento do ranking, a consideração das possíveis alterações de anulações de questão no gabarito definitivo e, por fim, a mudança de fórmula da contagem das notas.
5. Na primeira projeção, calculou-se a margem da mesma forma que se calculava nos anos anteriores, inclusive quando o TPS aprovava cem pessoas. Naquele momento, o cálculo apresentado era o cálculo feito com total boa-fé.
6. Após a primeira projeção, com o crescimento do ranking, o candidato 150 já ultrapassava 48 pontos, o que levou vários candidatos a perguntarem sobre o resultado. Havia duas possibilidades: ou o ranking tinha muitas notas falsas e repetidas - o que jamais influenciou o resultado nos anos anteriores -, ou a mudança no formato de cálculo e a própria prova aplicada pela nova banca demandariam a consideração de cenários diferentes para a projeção. Assim, decidiu-se recalcular a faixa para a projeção final, que levou ao resultado divulgado. Além disso, embora a diferença absoluta entre 2018 e 2019 seja considerável, se considerarmos a fórmula do CESPE, o corte estaria entre 43 e 44 pontos. É completamente absurdo levantar hipóteses de antecipação de informações, quando se projetou a nota de corte, corretamente, em mais de dez concursos!
7. Como se pode verificar facilmente, a projeção final foi encaminhada, por e-mail, para o Clipping CACD e publicada no Diálogo Diplomático no dia 18 de setembro, quarta-feira, mais de 48 horas antes do resultado final. Infelizmente, cometeu-se o erro de não divulgar o post nas redes sociais, o que foi feito somente na quinta-feira. Este erro foi crucial no processo, responsabilidade que se assume integralmente.
8. A projeção sempre foi feita de boa-fé. Houve concursos nos quais a projeção era considerada muito baixa, mas se confirmou, assim como houve outros nos quais a projeção era considerada muito alta, mas também se confirmou. Em todos os casos, sempre se fez mais de uma projeção por prova, como em 2019.
9. Dadas as repercussões, não se fará mais a projeção da nota de corte, a partir de 2020. Dessa forma, evitar-se-ão quaisquer mal-entendidos a respeito das motivações da sua divulgação.
10. Por fim, continuaremos apoiando e ajudando e preparando candidatos que sonhem em ingressar na carreira de diplomata, na qual seremos colegas e parceiros na defesa dos interesses do Brasil.