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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Pequenas dicas para a prova de economia

Caros leitores,

Antes de mais nada, é preciso ter em mente que a prova de economia é bem distinta das demais, no sentido de que as respostas devem conter elementos precisos. Trata-se de uma prova mais curta (menos linhas para responder), e, por isso, cada linha é importante. Pense bem antes de responder cada questão.

Seguem algumas dicas de estrutura, conteúdo e formatação:

Estrutura
- Procure estruturar a resposta de maneira cartesiana, respondendo à questão na ordem dos itens que foram pedidos. Não há necessidade de haver encadeamento lógico entre os itens. Apenas siga o que foi pedido.
- Não há necessidade de parágrafo introdutório, como nas outras matérias. Evite perder linhas adiantando o que vai ser dito mais adiante na resposta.
- Se houver necessidade de alguma conta, explicite o raciocínio e eventualmente o próprio cálculo. Vale salientar que as questões que envolvem números são corrigidas de maneira binária: nota cheia se a resposta estiver correta e nota zero se estiver errado. Porém, se o raciocínio estiver correto e bem explicado, podem-se obter alguns pontos, ainda que a resposta final esteja errada. Portanto, caprichem na explicação e muito muito cuidado com as contas. Refaçam cada conta umas 100000 vezes!
- Nas questões de história econômica, procurem apresentar os fatos e os dados na ordem cronológica. Ajuda a construção da resposta e contribui para o bom-humor do corretor.

Conteúdo
- Procure responder ao que foi pedido, de maneira direta e clara. Se não souber exatamente o que está sendo pedido, escreva tudo o que você sabe sobre o conteúdo em questão. Essa dica parece óbvia, entretanto, muitos candidatos perdem pontos, ao deixarem itens em branco pelo simples fato de não haverem entendido o que foi pedido.
- Não hesitem em usar gráficos ou tabelas. Ajuda o raciocínio e a explicação. Naturalmente, se o gráfico estiver errado, o estrago é maior do que uma imprecisão com palavras.
- Nas questões de história econômica, é importante inserir elementos teóricos e alguns dados quantitativos. Lembrem-se: a prova é de economia e não de história.
-Considerando o que caiu nos últimos anos, seguem alguns temas que devem estar na ponta da língua: teorias de comércio internacional, regimes de câmbio, formação econômica brasileira do início do século XX, estrutura do balanço de pagamentos, instrumentos de política monetária e fiscal.

Formatação
- Em questões que apresentam vários itens (a, b, c...), indique claramente qual item está sendo respondido. Isso ajuda a correção e protege o candidato, que poderá requerer algum ponto faltante no recurso.
- No mais, valem as dicas de sempre: evite rasuras, escreva as respostas nos locares indicados, muita calma no momento da prova, descanse na véspera da prova.

Grande abraço e boa prova!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Dicas para a prova de Política Internacional

Caros alunos e leitores,

A essa altura do campeonato, vocês já devem ter percebido que as provas do CACD -- especialmente as da terceira fase -- não exigem dos candidatos apenas o domínio do extenso conteúdo previsto no edital: a forma como esse conteúdo é apresentado também é muito importante!

É claro que o ideal é aliar boa forma a um ótimo conteúdo, mas arrisco dizer que a primeira é mais importante que o segundo. Uma resposta relativamente pobre, mas bem escrita, costuma se sair melhor que um brainstorming genial, completíssimo e cheio de detalhes, mas sem qualquer preocupação com a linguagem, o estilo e a estrutura.

A partir dessa constatação, faço minha primeira contibuição ao blog, com conselhos para a prova de política internacional (alguns dos quais podem ser aproveitados, mutatis mutandis, para outras disciplinas):


PI não é geografia (nem história, nem direito, nem economia...)

Uma prova de política internacional não é uma prova de história, geografia, direito ou economia. A matéria de política internacional, por sua natureza interdisciplinar, situa-se na interseção entre todas essas outras, mas não se resume a buscar um pouco de cada uma delas. Na verdade, a política internacional usa conceitos próprios, diferentes daqueles de outras matérias, e muitas vezes conflitantes com eles!

Portanto, não caia na tentação de gastar todo o seu latim jurídico ou seu conhecimento de Milton Santos na prova de PI. O que a banca espera de vocês é o domínio dos conceitos de Relações Internacionais e o uso adequado dos conceitos contidos no discurso oficial da diplomacia brasileira.


Cuidado com as retrospectivas históricas

Já disse que PI não é história. Evite cair na tentação de se estender demais sobre o histórico do tema abordado na questão, mostrando todo o seu conhecimento sobre a história da política externa brasileira e cada uma das conferências em que o tema da questão foi tratado, para só no último parágrafo fazer menção à política externa atual.

A prova de PI é uma prova sobre o presente. Uma introdução histórica não deve ocupar mais do que um parágrafo (se for dedicar um parágrafo a ela, use o segundo parágrafo, e não o primeiro -- que funciona melhor como introdução geral, situando o problema no presente e resumindo seu argumento principal)

Cuidado com a estrutura da resposta

Lembre-se que a resposta é, fundamentalmente, uma dissertação. Ela não deve ser simplesmente descritiva, mas analítica, estruturada em torno de um argumento, com introdução, desenvolvimento e conclusão adequados. Faça uma boa introdução, resumindo seu raciocínio, e deixe espaço suficiente para uma conclusão que retome o problema e faça um comentário (o fechamento clássico é falar sobre os principais avanços e desafios da questão, e lançar uma perspectiva para o futuro -- funciona para quase todos os temas).

Tenha sempre em mente o discurso oficial, os princípios e as diretrizes da Política Externa Brasileira.

"Responsabilidades comuns, mas diferenciadas", "eixo de cooperação Sul-Sul", "redução das assimetrias regionais", "diversificação dos parceiros sem prejuízos das parcerias tradicionais" -- use e abuse dos conceitos do discurso diplomático brasileiro, eles são fundamentais para sua análise. Mas faça um uso consciente desses termos, em seu sentido correto e no contexto adequado. E não se esqueça nunca do nosso coringa, o objetivo central de toda a diplomacia brasileira (não importa qual seja o tema): a busca do DESENVOLVIMENTO.


COMENTÁRIOS SOBRE AS PROVAS DE POLÍTICA INTERNACIONAL E GEOGRAFIA-DIAS 2 E 3/07/2011

Vamos ao nosso segundo exercício de futurologia para o CACD 2011. As provas deste final de semana são, sem a menor sombra de dúvidas, as mais supostamente surpreendentes do concurso (supostamente apenas, porque não devia ser surpresa qualquer tema que conste do programa da disciplina constar da prova).

Em função do estudo repetido de "temas quentes" pelos candidatos, as armadilhas nas provas de PI e GEO são sempre  numerosas. Frequentemente, uma questão sobre tema específico (meio ambiente, por exemplo) é respondida de forma genérica pelos candidatos, como se o condicionamento aos temas resolvesse todos os problemas. Não são raras as respostas que parecem ignorar o comando da questão e tangenciam completamente o tema principal. Em um concurso de 26 vagas, esse tipo de atitude é a receita mais eficiente para o fracasso. É preciso saber fazer relações e evitar a pasteurização das respostas. Não se deve evitar responder diretamente a pergunta, principalmente em PI, para não se surpreender como notas como 2/30 ou 6/30 em algumas questões.

Feitas minhas considerações, vamos ao bolão de temas das provas do final de semana:

POLÍTICA INTERNACIONAL

1- 20 anos do MERCOSUL. Evolução e Desafios;
2- Oriente Médio (principalmente a Primavera Árabe e/ou a questão da Líbia);
3- Meio ambiente (Nagoya e/ou Rio + 20);
4- Desarmamento e não-proliferação (principalmente Irã);
5- Direitos Humanos;
6- Sistema Multilateral de Comércio;
7- Reforma o CSNU;
8- Missões de Paz.

GEOGRAFIA

1-Meio ambiente (desmatamento, novo código florestal, Amazônia);
2-Transportes;
4-Migrações;
5-Oriente Médio;
6- Recursos hídricos;
7- Expansão da fronteira agrícola- questões fronteiriças com Bolívia e/ou Paraguai;
8- MERCOSUL (quem sabe, não? não deve cair nas duas provas, mas será difícil não cair em uma delas).

Façam suas apostas. A pontuação segue a mesma da prova de HB.